quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal! Feliz Carioca! Feliz Subúrbio! Feliz Boteco!

Repicam sinos,
com fervor, da cozinha,
sai um Caldinho de Feijão,
alvoroçados com torresminhos e coentro que os seduz;

Gritam aos garçons
e aos amigos do lado:

Traz mais uma!
Gelada!
Cú de Foca!

A boa nova vem dos cardápios de botequim,
aqui trazidos pelo dono do boteco que conduz:
cervejas, bolinhos, pastéis, caldinhos, todos solidários,
reverenciam o pequenino botequeiro de carteirinha!

Suburbano que se fez botequeiro por bondade,
doou-se a nós, livrando-nos da pasteurização dos botecos,
e ensinou-nos que a maior felicidade
é ser botequeiro, amigo, original, jiloeiro, brindando a todos por igual.

Enquanto houver alguém que viva essa verdade,
ao relembrar o nascimento divinal,
a voz dos sinos se ouvirá na Eternidade:

Feliz Natal! Feliz Carioca! Feliz Subúrbio! Feliz Boteco!

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Uma adaptação de um verso de natal, cujo autor é anônimo, para brindarmos 2010 e continuarmos na busca pelo

RESGATE DA CULTURA DOS BOTECOS ORIGINALMENTE CARIOCAS !!!

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Dedico os versos botecados acima para: Guilherme Studart, Luiz Carlos da Vila (in memoriam), Moacyr Luz, Jaguar, Paulo Thiago, Ruy Castro, Dani e Equipe Casa da Palavra, Pedro Landim, Juarez Becoza, Fernanda Thedim, Luciana Fróes, Rafael Sento Sé, Joaquim Ferreira, Maria Fortuna, Cleo e Equipe do Gente Boa, Eduardo Maya, Eulália e Equipe CDB, Cris Goulart, ao SindRio, UNISUAM, Ambev, Jovens da Confraria do Copo Furado, Tito do Tonel&Pinga, José Carlos do Original do Brás, Kadu do Braca e sua linda família, Dona Rose do Pontapé, Dona Natalina do Varnhagem, Fernando e Claudio do Enchendo Linguiça, Paulo Paulette, Katia e Rosa do Aconchego, Botequeiros de BH aqui representados pelo Doca, Marcelo Novaes do Cachambeer, Manoelzinho do Jobi, Léo Feijó, Plínio Rio Scenarium, João Luiz do A Granel de Piratininga, Mestre Mario do Caneco Gelado de Niterói, do Ricardo, Edgar e os meninos da Cia Paulista (Pirajá, Original, Bráz, Astor,...), ao Seu Cesar do Amendoeira (in memoriam), enfim, a todos que, como eu, não deixaremos o boteco morrer, não deixaremos o boteco acabar, o povo foi feito de alegria, e alegria é pra gente brindar.

Seu Wilson Cadinha, o famoso Saideira, "tamo aí, mala !" Saudades !

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