domingo, 22 de agosto de 2010

:: A Coxia da Boemia Carioca - botecando pelos arredores e subúrbios do Rio ::

Caravana do Cotovelo Cinza

Arredores e Subúrbios Cariocas,
14 de agosto de 2010




Publicada no FotoGlobo, o Blog de Fotografias do O GLOBO, devidamente registrada pelo etílico-gastronômico-responsável-fotógrafo BERG SILVA e comentada por nosso ilustre e unânime Lord dos Botecos, GUILHERME STUDART




:: O Cardápio do Dia era:


Bar Flor do Tâmega - Santo Cristo


Bar Santa Genoveva - São Cristovão


:: Vale a pena dar esse rolé conosco pelos bares que estão na coxia boêmia mas que fazem o show continuar.

Acessem:



Esperem aí sentadinhos, em breve meu post completo.


Aí vai:

:: Texto de Guilherme Studart e fotos de Berg Silva, Plinio Gomes Figueiredo e Carlos Henrique Cadinha

"Aquele poderia ter sido um sábado como tantos outros, para ficar em casa junto à família, curtindo o dia de descanso. Contribuía para isso uma manhã característica de inverno carioca, que anunciava a chegada de um dia frio e cinzento.



Não seria, entretanto, um dia corriqueiro. A proposta de empreender uma expedição etílico-gastronômica com o objetivo de registrar imagens em sete botequins pouco conhecidos do grande público, e que ainda mantêm um encanto genuinamente carioca, era, afinal, irrecusável. Uma van foi contratada especialmente para esses deslocamentos de bar em bar.

O grupo, composto por dez pessoas, incluindo os fotógrafos Berg Silva e Plínio Figueiredo, iniciou sua jornada subindo o histórico Morro da Conceição. Nosso primeiro destino era o Bar do Sérgio, que fica numa rua com o sugestivo nome de Jogo da Bola. Misto de mercearia e bar, possui paredes revestidas por azulejos azuis e amarelos e assoalho de granito antigo. Para acompanhar a cerveja, provamos bolinhos de carne.



De lá rumamos ao Santo Cristo, na Zona Portuária, para um boteco em frente à igreja principal do bairro. Atendendo pelo nome de Flor do Tâmega, o local é um desses bares quase esquecidos, uma espécie de sobrevivente em seu estilo.

Fomos atendidos pelos irmãos Francisco e Waldemar e, para forrar o estômago, pedimos o especial do dia, o caldo de mocotó. O ambiente, que remete imediatamente aos antigos botequins, possui um grande balcão e, nas paredes laterais, podem ser observadas pinturas antigas, já um tanto esmaecidas, incluindo uma da pracinha do Santo Cristo.





O terceiro destino da excursão ficava em São Cristóvão, o Jardim da Quinta, bar comandado por Dona Olinda e sua filha Vera. Com azulejos alaranjados nas paredes e uma figura protetora de São Cristóvão no centro, o bar serve comida caseira de qualidade. À frente da cozinha há mais de 40 anos, Dona Olinda prepara deliciosas empadas de camarão, as quais foram gulosamente consumidas pelo grupo, sempre escoltadas por cerveja bem gelada.






Ainda em São Cristóvão – apenas a duas esquinas de caminhada do bar anterior – esticamos no Santa Genoveva, situado quase em frente à vila de mesmo nome. Os azulejos que adornam as suas paredes, em tons azuis e amarelos, juntamente com o balcão alto em metal, compõem um típico botequim tradicional. O bar é dirigido pelos irmãos José e Antônio e, no salão, quem impera é o garçom Cabelo.
                    


Para começar, pedimos caldo de feijoada acompanhado de porções de salaminho e queijo provolone. Como contraponto aos tira-gostos, tomamos batida de maracujá, uma receita exclusiva da casa, que é incrementada com licor de anis. Para rebater o efeito do maracujá, foi a vez de pedir uma porção de linguiça com molho à campanha e ainda uma generosa travessa de picanha na brasa fatiada ao alho, acompanhada por farofa.



De São Cristóvão esticamos para Benfica, tendo por destino o boteco Fica Bem, que só poderia mesmo estar localizado naquele bairro. De ambiente em tonalidade azul-clara, é um exemplo de resistência às ondas modernizantes que vez por outra despontam.


A recepção por parte da proprietária - uma senhora portuguesa chamada Ângela - não foi, a rigor, das mais amistosas. Ao perguntarmos seu nome, ouvimos de forma enfática: “E faz diferença?”. Foi o suficiente para que essa fosse eleita a frase do dia. No entanto, à medida que as fotografias iam sendo tiradas, o sorriso surgia em seu rosto e o tratamento se tornava mais cordial. Nesse bar, o grupo experimentou pastel cortado à francesa com cerveja gelada.




Rumamos então para o Bar Varnhagen, localizado na praça de mesmo nome na Tijuca. Era o único dos bares visitados que não constava do roteiro original, por ser botequim um pouco mais conhecido. Mas foi incluído no passeio devido à sua semelhança com os ouros bares visitados.

Fomos recebidos por Dona Natalina e sua filha Cidália, que nos ofereceram uma recepção verdadeiramente calorosa. Após nos acomodarmos em uma mesa na calçada, provamos os seus famosos croquetes de carne e porções de pernil de porco em cubos com salada de batatas. A cerveja foi nossa fiel acompanhante, mas lá não poderíamos deixar de pedir também a clássica batida de limão galego.





Terminamos o périplo no Britan Bar, mais conhecido como Bar do Zé, situado em uma subida escondida na Glória. De atmosfera descontraída e ambiente de mercearia antiga, o local evoca inevitavelmente Santa Teresa. Comandado por Seu Zé e sua esposa Ivonete, foi, dentre os bares visitados, o único em que nosso pedido se restringiu à cerveja gelada, uma vez que, após a longa jornada, já estávamos de estômago e espírito saciados." 



por Guilherme Studart

SERVIÇO:

:: CAFE RESTAURANTE FLÔR DO TAMEGA
Rua Santo Cristo, 193 - Santo Cristo - Rio de Janeiro -  RJ

Tel.: (21) 2233-9789

:: CAFÉ E BAR JARDIM DA QUINTA
Rua São Cristóvão, 321 - São Cristovão - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2589-4303

:: CAFÉ E BAR SANTA GENOVEVA
Rua São Cristóvão, 471 - São Cristovão - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2589-8681

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

:: Botecando diplomaticamente - Eu, Paulo Leão Veloso e Osvaldo Euclides de Sousa Aranha

Degustando a história através da divertida
culinária carioca




:: A culinária do Rio de Janeiro herdou da corte portuguesa, e da época que foi a capital do país, grande parte de suas comidas. A feijoada e o bacalhau são os representantes maiores da culinária carioca, além do caldo verde e do bacalhau. O tempero é usado com parcimônia.

Alguns donos de restaurante afirmam que o prato carioca é um estado de espírito. Outros conferem ao Rio a autoria da feijoada completa e da comida de botequim, verdadeira instituição da cidade beira-mar.

A culinária carioca tem algumas peculiaridades, como o amor pela tradição portuguesa. Em nenhum outro lugar do Brasil se respeita com tanto gosto o ritual do cozido e se andam tantos quilômetros atrás de um caldo verde ou de uma isca de fígado.

O Rio também tem uma cozinha de vanguarda internacional, pronta para as grandes festas, recepções e banquetes oficiais. Sem nenhum preconceito os cariocas provam, aprovam e adotam pratos regionais de todo o país.

A cozinha clássica carioca reserva ainda muitas tentações. Nenhum de seus pratos, diga-se, caracteriza-se pela leveza. São comidas fortes, substanciosas e marcantes.

A cozinha do Rio de Janeiro é isso:
descontração, ingrediente fundamental que fez do Estado a terra da bossa.


Onde mais poderiam existir pratos com nomes de embaixadores, como o filé Osvaldo Aranha e a sopa Leão Veloso?

:: Filé à Osvaldo Aranha





Filé à Osvaldo Aranha é um prato típico carioca, homenageando o político gaúcho Osvaldo Aranha. Consiste em um filé mignon alto ou um contra filé, temperado com alho fatiado, acompanhado de batatas portuguesas, arroz branco e farofa.

O prato recebeu seu nome em homenagem ao diplomata brasileiro Osvaldo Aranha, que entre as décadas de 1930 e 1940, costumava almoçar no restaurante Cosmopolita, cujo apelido era “Senadinho” na Lapa, Rio de Janeiro, local de concentração de políticos na época. Ali o diplomata costumava almoçar o prato que levou seu nome. Oswaldo Aranha também pedia o mesmo prato no Café Lamas, que na ocasião também o incorporou ao cardápio.

O Cosmopolita é o detentor da origem, mas dois restaurantes da cidade também ganharam o título de mestres no preparo do legendário filé. São eles: o centenário Café Lamas, no Flamengo, e o Filé de Ouro, que há quarenta anos funciona no Jardim Botânico. Ambos têm pratos fartos e são muito freqüentados por jornalistas, artistas, intelectuais e toda a gente.


Outro filet muito conhecido é chamado de à moda francesa. Costuma ser servido nos pontos tradicionais da cidade. Entre todos, o mais famoso sai da cozinha do Lamas, botequim que oferece cozinha de qualidade, fundado em 1874 no Largo do Machado, no Centro, e transferido para o Flamengo, em 1976.



Ali, o filet à francesa, alto e suculento, chega à mesa acompanhado de presunto, petit-pois (ervilha pequena), cebola e batata palha, como manda o figurino.


:: Sopa Leão Veloso



Igualmente cobiçada é a sopa Leão Veloso, outro clássico carioca. De sabor forte, leva caldo de cabeça de peixe e camarão, frutos do mar, coentro e alho-poró. Surgiu no restaurante Rio Minho, na Rua do Ouvidor, no Centro, uma instituição na cidade, com seus 121 anos de história, inspirada na francesa bouillabaisse.

Mas a receita correu e ainda hoje pode ser encontrada em vários lugares. “Todo mundo copia”, lamenta um dos sócios do Rio Minho, o espanhol Ramón Dominguez. Leão Veloso era um gourmet experimentado. Foi embaixador do Brasil na França, de onde trouxe a fórmula da sopa de peixes, que no Rio Minho sofreu adaptação aos ingredientes nacionais. “Usamos a cabeça do cherne para preparar o caldo e todos os frutos do mar bem frescos”, explica Dominguez. A sopa tem muita personalidade e leva polvo, mexilhões, lulas, além de bastante tempero.

Paulo Leão Veloso foi diplomata. Atuou em diversos países e quando representou o Brasil na França, teve contato com um prato típico da região do Mediterrâneo: a Bouillabaisse! Sopa feita pelos pescadores do Porto de Marselha, geralmente com peixes menos nobres, que não tinham muito valor comercial.

Voltando ao Brasil, resolveu introduzir a receita por aqui e. como devia ser muito modesto, a batizou com seu nome. Com algumas mudanças começou a desenvolver a receita utilizando a cabeça de Cherne e Camarões para o Caldo. Foi no Restaurante do Rodriguez, no Rio de Janeiro, que a sopa tomou forma. A maneira de preparo é quase idêntica a da Boillabaisse, ficando de fora o Açafrão. Aqui é normalmente servida com peixe, camarões, mariscos, lula e polvo, mas a receita varia conforme a disponibidade de cada ingrediente.




:: Bouillabaisse é um prato típico da culinária francesa, comum na região do mediterrâneo, que consiste de uma sopa preparada à base de peixes brancos variados, frutos do mar e ervas aromáticas. La Bouillabaise é uma das sopas mais famosas do mundo originária da charmosa cidade e porto do Mediterrâneo - Marselha.

A história popular da origem dessa sopa , sugere que Vênus - deusa da beleza serviu bouillabaisse a seu marido, Vulcano para colocá-lo para dormir enquanto tinha um encontro amoroso com Marte. Escritores gregos argumentam que por volta do ano 600 AC os fundadores de Marselha levaram consigo da Grécia a receita de uma sopa de peixe conhecida como kakavia que serviu de base para a futura bouillabaisse.

Com o tempo, o prato foi sendo aperfeiçoado e encontramos inúmeras receitas ditas originais. Hoje os marselheses o degustam assim: primeiro, só o caldo do peixe com roille (molho picante à base de maionese, pimenta malagueta e alho). Depois, os pedaços dos vários peixes, imersos num pouco do caldo. A característica diferente, no entanto, não é o peixe, mas o aroma e o sabor original dos ingredientes que se mesclam e transformam o bouillabaisse em algo especial.

Como qualquer prato antigo, a Boullabaisse passou por muitas alterações. Feita com produtos extremamente frescos e de alta qualidade, seu aroma, que remete aos frutos do mar, é rico e inebriante, elevando os pensamentos de qualquer comensal ...


As receitas variam, mas normalmente se compõem de peixe, camarões, lagostas, batatas, azeite de oliva, pimentões, alho poró, tomilho, louro, molho de tomate concentrado, cenouras, cebolas, açafrão e dentes de alho.Um famoso escritor provençal, Jean-Noël Escudier, apelidou a Boullabaisse de "síntese mágica". Outro famoso epicurista francês, Curnonsky, a chamou de "soup d’or", a sopa de ouro.

Serviço:

:: Café Lamas - R. Marquês de Abrantes, 18 – Flamengo - Tel: (21) 2556-0799



:: Restaurante Cosmopolita - Travessa do Mosqueira, 4 – Lapa - Tel: (21) 2224-7820

:: Rio Minho - Rua do Ouvidor, 10 - Centro - Tel: (21) 2509-2338

segunda-feira, 31 de maio de 2010

:: Tremoços, um ritual de boteco que resiste a era dos bolinhos com tudo dentro

Inaugurei meu primeiro bar
com 3 vidros de conserva sobre o balcão:
um de pikles, um de azeitonas e outro de tremoços.

:: Lembro que comprei dois baldes de tremoços no MAKRO do Mercado São Sebastião, exatamente no dia 07 de dezembro de 2004, véspera do dia de Nsa Sra da Conceição e da inauguração do Bar O Original do Brás, em Brás de Pina, RJ.



Já contei aqui, que sou filho único, e quando criança, ia pro ponto da Avenida Vicente de Carvalho esquina com Lafayette Stockler na Vila da Penha (em frente ao Banco do Brasil), esperar o ônibus da empresa do meu Pai chegar. Sempre, quero dizer, todos os dias mesmo, por volta das 18h, Wilson Ferreira Cadinha, meu Pai e conhecido como o Wilson Saideira, fazia sua contribuição etílica-voluntária para os botecos da região.

Engajado com as causas botequeiras e solidário, um dia frequentava o Bar do Claudio (Lafayette Stockler com Pascal, onde sempre encontrávamos o Luiz Carlos da Vila), outro no Artur do Peixe (naquela época ainda na Praça da Cetel, em frente ao colégio Albert Sabin), ou no Josué (Oliveira Belo onde tinha uma empadinha fantástica e uma sinuquinha pra divertir) ou no Seu Antônio (Lafayette com Rua Volta, esse mais arriscado, pois dava pra ver da janela lá de casa e a Dona Nini marcava igual a Junior Baiano e Ronaldão, sob pressão e se precisasse dava uma voadora no corôa)...rsrsrs...era divertido !!!



Impossível precisar o número de vezes que perdi meu Pai e quando o encontrava ele estava escondido atrás de uma montanha de cascas de tremoços. O velho, português de Espinho, saboreava copiosamente aqueles ervilhas salgadas, representando de fato, um ritual para acompanhar sua Brahma Chopp servida no seu copo exclusivo (tinha um em cada bar).


Comparo comer tremoços a comer caranguejo, um ritual que não mata a fome, mas é saboroso e divertido !

Enquanto eu bebo uma gelada e começo a montar meu lego de cascas de tremoços, vocês irão conhecer um pouco sobre esse simples snack.





:: Ligeiramente salgados, não há quem lhes resista. Um aperitivo "humilde", mas rico em termos nutritivos (Ô Sorte !, diria seu chará Wilson das Neves).


Conta a lenda que quando a Sagrada Família se dirigia para o Egito, para fugir à perseguição do Rei Herodes, que queria matar Jesus, passou por um tremoçal cujos tremoços, ao serem pisados, teriam feito muito barulho e deixado pegadas, denunciando a fuga. Nessa altura, Nossa Senhora tê-los-á amaldiçoado, dizendo que nunca matariam a fome a ninguém.


A partir daí e durante séculos, esta pequena leguminosa, tal como as ervilhas e as favas, ficou mal vista. No entanto, os povos antigos reconheciam-lhes várias espécies, sendo a amarela a mais comum entre nós. A origem do seu consumo estará provavelmente no Egito, e há quem opine que foi introduzido na Mesopotâmia na época greco-romana e a partir daí terá sido transportado pelos Fenícios para todo o Mediterrâneo. Mas existem também referências ancestrais a esta leguminosa na América do Sul, onde era utilizada como alimento básico.


:: Sempre acreditei nas propriedades fitoterápicas da gastronomia de botequim


Pelas suas características proteicas, foi um dos pilares alimentícios de todos os povos do Mediterrâneo. Já Hipócrates, o pai da Medicina, recomendava o seu consumo, há quase 2500 anos, para evitar problemas digestivos e prevenir doenças hepáticas.


Também Plínio, o Velho, provavelmente o naturalista mais importante da Antiguidade, defendia que não havia alimento mais saudável e fácil de digerir que o tremoço. Mais tarde, Frederico, o Grande, rei da Prússia, conhecedor das suas propriedades, mandou plantar na Alemanha numerosas terras com tremoceiros...




:: Tremoços, só cozidos e demolhados e água salgada

Não é por acaso que só encontramos à venda tremoços cozidos e demolhados em água salgada. É que se não levassem este tratamento seriam extremamente tóxicos e amargos devido a substâncias alcalóides que contêm e que poderiam ser nefastas para a saúde, nomeadamente para o sistema nervoso. Ou seja, o tremoço acabado de sair da planta, em grão seco, não é comestível, igualmente a semente da oliveira, a qual chamamos de azeitonas.




Antes de pedir a saideira, vejam só esta maravilha. Um cartaz que se encontrava numa das melhores tascas do Algarve, onde as "MINIS" (nossas long neck) estão sempre geladas e os TREMOÇOS nunca faltam, e ainda por cima também tem amendoins !!!

Espero que tenham gostado, eu adorei !!!

Esse post é uma homenagem ao meu Pai, Wilson Saideira, que completaria hoje, dia 31 de maio, 65 anos de idade. Saudades do velho...

Então vamos brindá-lo com uma Brahma Chopp gelada, um pote de tremoços, um sambinha de raiz tocando, uma conversinha sobre o Flamengo e aquele papo descontraído de boteco que faz a hora voar !!!

Carlos Henrique Cadinha

quinta-feira, 27 de maio de 2010

:: Começa o III Comida di Buteco do Rio de Janeiro


:: III Comida di Buteco do Rio de Janeiro
começa hoje (28 de maio) e vai até 27 de junho
para eleger os 5 melhores botequins do Rio
nos quesitos Melhor Petisco, Melhor Atendimento, Melhor Cerveja Gelada e Melhor Higiene.

Botequeiros Cariocas, organizem-se, convidem os amigos e familiares e percorram os 31 bares da terceira edição do festival. Prestigiem os botecos cariocas, experimentem os petiscos inscritos, façam caravanas e percorram todo o circuito com responsabilidade.


Não esqueçam de votar !!!



:: Temos o desafio de manter "a verdadeira" gastronomia de botequim e a cultura dos botequins cariocas.

Nós encontramos no próximo bar, até já e boa sorte para todos os Donos de Boteco !!!






Saiba como foram as edições anteriores em:


Saiba tudo sobre o Comida di Buteco:



(somente para esclarecimento, eu, Carlos Henrique Cadinha, não estou  participando esse ano com nenhum petisco ou como proprietário dos bares participantes. Estarei curtindo o festival, mobilizando os amigos, divulgando e prestigiando meus amigos donos de boteco...Ô sorte !!!)  

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cachaça vai bem com tudo, e como o Vinho, possui Carta, Copos e Harmonizações


Primeiro, uma branca. Depois, uma amarela.
Para fechar, um licor da aguardente.
A bebida pode acompanhar vários pratos e, como os vinhos, tem carta e até copo certo.


:: Foi-se o tempo em que lugar bacana servia cachaça apenas na caipirinha.

Considerada ótima para diversos tipos de pratos, de petiscos a receitas mais sofisticadas, em muitos restaurantes, a aguardente hoje pode ser escolhida a partir de uma carta, como já ocorria com os vinhos. O técnico sensorial de bebidas e alimentos Renato Frascino conta que já criou várias para casas do Rio e de São Paulo. Alguns locais têm até sommelier de cachaça. Leandro Batista da Silva, do Restaurante e Cachaçaria Mocotó, na Vila Medeiros, zona Norte de São Paulo, é um, mas prefere o título de mestre alambiqueiro. “É uma bebida nobre e fascinante”, diz ele.



A Cachaça Serra Limpa é produzida na cidade de Duas Estradas, Paraiba, engarrafada em vidro escuro com tampa de metal. Cor branca, 600 ml, teor 45% Vol.

A Cachaça Tabarôa é produzida na cidade de Prados Bichinho, Minas Gerais, onde é envelhecida em tonéis de Carvalho, e engarrafada em vidro escuro com tampa de rolha. Cor amarela,  600 ml, teor 46% Vol.



:: Basicamente, as cachaças são divididas em dois grupos: brancas e amarelas. As primeiras são ideais para abrir o apetite e devem ser tomadas geladas. As amarelas podem ser envelhecidas em diferentes madeiras, o que influencia seu sabor e suas características. As que passam por bálsamo, por exemplo, são mais leves do que as guardadas em carvalho. Leandro sugere uma sequência: “Comece com uma branca, siga comum a amarela envelhecida em umburana e termine com uma de carvalho. E deixe um espacinho para um licor de cachaça”.


Eu, Osvaldo Santiago (filho de Anísio Santiago),
Eilton Santiago (produtor da Canarinha, filho de Noé Santiago e sobrinho de Anísio Santiago) e ao fundo Anísio Santiago, in memoriam e atento.


Especialistas costumam separar cachaça e pinga. A primeira seria de alambique, sem aditivos químicos; a segunda, feita industrialmente. “Cachaça boa não machuca o nariz, pois o aroma do álcool é bem casado com os outros”, diz Renato Frascino. Mas um rótulo de qualidade não é barato. As diferentes linhas da orgânica Conceição, de Roseira (SP), variam entre R$ 28 e R$ 40. Tida como a rainha das cachaças, a Anisio Santiago, de Salinas (MG), chega a custar R$ 1.000.


Renato Frascino recomenda tomar cachaça em um copo de cristal com haste. Na falta dele, num cálice de vinho. “Assim é possível perceber os aromas sutis”, diz. Mas aprecie a bebida sempre com moderação, já que ela tem alta gradação alcoólica (entre 38% e 48%). Abaixo, um manual para curtir uma cachacinha.





Leia mais sobre o Restaurante e Cachaçaria Mocotó, Seu Almeida e o querido e competente Chef Rodrigo Oliveira, no post abaixo:

http://gastronomiadebotequim.blogspot.com/2010/01/seu-almeida-e-chef-rodrigo-oliveira-do.html



Leia mais sobre cachaça, minha coleção e minhas incursões eclesiásticas-etílicas a Salinas e norte de MG, no post abaixo:

http://gastronomiadebotequim.blogspot.com/2009/11/cachacas-de-alambique-produto-100.html



Meu amigo Tito, dono do Tonel & Pinga, sabiamente e sobriamente, eu acho, filosofou:
"A Vida é igual a Cachaça, se não aproveitar, evapora !"

domingo, 18 de abril de 2010

Brasil Sabor 2010 - Sabores que contam histórias e "Mais Um Por Conta da Casa"

Restaurante Laguiole
Arroz de Bacalhau


:: Criar receitas não é simplesmente arranjar ingredientes em um recipiente, cozinhar e servir. Quem ama gastronomia, mais que preparar um prato, está contando uma história onde se destacam o cuidado, a paixão pelo que se faz, o jeito próprio de ver o mundo.


Restaurante Aquim
Arroz Negro com Ragú de Cordeiro e Alecrim


Ao realizar a nova edição do Festival Brasil Sabor, de 15 de abril a 15 de maio, o maior festival gastronômico do planeta, a Abrasel e os restaurantes participantes valorizam essa história de amor entre os chefs e as suas criações, as lembranças e as sensações despertadas pelos ingredientes e temperos.

Restaurante Couve Flor
Rocambole de Bacalhau com Requeijão e Molho de Maracujá


A 5ª edição do Festival Brasil Sabor traz, ainda, uma grande novidade, que você confere nesse guia: a promoção “Mais Um Por Conta da Casa”. Ao escolher o prato do festival, seu acompanhante ganha outro prato Brasil Sabor nos dias e horários indicados pelo estabelecimento. Participe, conheça os sabores que fizeram e fazem a nossa história.



:: Como funciona



Repetindo o sucesso das edições anteriores, os estabelecimentos participantes oferecerão ao público, a preços diferenciados, durante todo o período do Festival, um prato específico para o evento, que melhor represente a "Comida do Lugar" levando em consideração a especialidade da casa, as características e tradições de cada região. Os pratos são servidos nos próprios restaurantes conforme os horários de funcionamento de cada estabelecimento.

A relação de restaurantes participantes do Festival, com endereço e horário de funcionamento, estará disponível neste site. Para conhecer os pratos, basta acessar as cidades e consultar a lista de participantes em seu estado. Você terá acesso também à descrição do prato, com foto e preço. Além disso, encontrará as receitas de cada um deles, permitindo que prepare em casa aqueles que mais gostar.


Restaurante Fazendola Gastrô
Coxa de Frango Invertida com Jaca Caramelizada

 

Participe, visite os restaurantes e experimente os pratos do Brasil Sabor 2010. Sua presença dará um gosto especial à nossa festa ! 



00 Cozinha Contemporânea
Filet 00


:: 00 Cozinha Contemporânea  - Filé 00



:: Antiquarius Grill  - Prime Rib Máx



:: Aquim  - Arroz negro com Ragú de Cordeiro e Alecrim



:: Chopperia Bandeira  - Come Quieto



:: Couve Flor - Rocambole de Bacalhau com Requeijão e Molho de Maracujá



:: Fazendola Gastro  - Coxa de Frango Invertida com Jaca Caramelizada



:: La Cigale  - Camarões a La Cigale



:: Laguiole - Arroz de Bacalhau



:: Le Baroque  - Mix de Charcutería



:: Pax  - Tortelii de Brie com Damasco



:: Restaurante Amendoeira  - Delícias do Mar



:: Restaurante Giuseppe Grill  - Cassoulet de Frutos do Mar



:: Restaurante O Navegador  - Peixe ao Alho Poró



:: São Sebastião - Entrecôte Angus



:: Zazariiba - Risoto ao Funghi



No Estado do Rio de Janeiro, além da Capital, participam as cidades de Angra dos Reis, Búzios, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Macaé, Paraty e Petrópolis.








A promoção “Mais um por conta da Casa” só é valida nos dias em que o estabelecimento estiver participando, de acordo com a tabela de dias e horários nos guias de restaurantes distribuídos em sua região. O prato deverá ser consumido na ocasião e somente no restaurante participante.”