quinta-feira, 30 de abril de 2009

II Comida di Buteco do RJ - 2009 - "Doce Refúgio", o petisco musicado e cheio de história do Bar O Original do Brás




Luiz Carlos da Vila e Ubirany bebiam um cerveja e papeavam descontraidamente no Bloco Cacique de Ramos debaixo da tamarineira quando uma folha de tamarindo caiu dentro do copo de cerveja do Luiz Carlos.

Poeta nato, um dos maiores talentos da MPB, inspirou-se na hora e daí surgiu a música "Doce Refúgio" que se transformou no Hino do Cacique de Ramos.

Morei na Vila da Penha de 1982 até 2008. Meu Pai, Wilson Cadinha, o Wilson Saideira, versador dos melhores, tocava um tan-tan de responsa e frequentava as melhores rodas de samba do Rio. Quando pequeno, lá pelos 11 anos, conheci Luiz Carlos da Vila no Bar do Claudio (Lafayette Stockler com Pascal, na Vila da Penha).

Com o passar do tempo e o entendimento perfeito sobre letras e composições, me transformei num "fanzaço" do Luiz Carlos da Vila e o escolhi para homenagear no Bar O Original do Brás, que fundei junto com meu amigo Zé Carlos em 08 de dezembro de 2004.

Luiz Carlos tem lá um "Cantinho da Diretoria - Espaço Homenagem - Luiz Carlos da Vila" que chamava de "meu altar".



Luiz Carlos pegava um taxi na Rua da Inspiração na Vila da Penha, parava na frente do Original, soltava e ia direto cumprimetar a cozinha, fazia questão disso. Ainda durante os beijos e abraços abria as panelas e pestiscava algo, normalmente uma linguiça a calabresa do feijão preto.

Quando saía da cozinha eu ou o Zé já o esperava com a garrafa de Macieira, de seu uso exclusivo, um pratinho com azeitona e salaminho..."um pouquinho só, só um pouquinho", ele sempre falava.
Daí era conversar, sempre uma novidade, um papo inteligente e divertido.

Luiz Carlos, que saudade !!!

O Bar O Original do Brás homenegeia Luiz Carlos da Vila no II Comida di Buteco do Rio de Janeiro com o petisco "Doce Refúgio". Um lombinho de porco folhado e versado na tamarineira.

Luiz, a sua alegria e a sua obra estarão sempre presentes em nossos corações.

Carlos Henrique, Zé Carlos e Família Original.


Doce Refúgio
Luiz Carlos da Vila

Sim (ora, se sim!!!)...
É o Cacique de Ramos,
Planta onde, em todos os ramos, cantam os passarinhos nas manhãs
Lá (oi, é lá) o samba é alta bandeira (Eu falei pra você que é alta bandeira)
E até as tamarineiras são da poesia guardiãs

Seus compositores aqueles
Que deixam na gente aquela emoção
Seus ritmistas vão fundo
Tocando bem fundo em qualquer coração
É uma festa brilhante
Um lindo brilhante mais fácil de achar
É perto de tudo, é ali no subúrbio
Um doce refúgio pra quem quer cantar

É o CaciqueSim (ora, se sim!!!)...
É o Cacique de Ramos (Fala, Cacique de Ramos!!!),
Planta onde em todos os ramos cantam os passarinhos nas manhãs
Lá (oi, é lá) o samba é alta bandeira (Eu falei pra você que é alta bandeira)
E até as tamarineiras são da poesia guardiãs
É o cacique pra uns a cachaça pra outros
A religião
Se estou longe o tempo não passa
E a saudade abraça o meu coração
Quando ele vai para as ruas
A vida flutua num sonho real
É o povo sorrindo e o Cacique esculpindo
Com mãos de alegria o seu carnaval
É o Cacique...


X Comida di Buteco de BH - 2009 - Uma aula de simplicidade, união, brincadeira séria dos donos de boteco e pura diversão pra galera...Bão tamém sô !!!


Pelo quarto ano consecutivo faço questão de participar do Comida di Buteco de BH. Encantado desde a primeira vez que estive por lá fui contagiado pela alegria do mineiro e pela parceria entre os donos de botequim que davam àquela Festa (Saidera de 2006) um ar de confraternização não tendo nada a ver com uma competição...


A partir de 2007 além de participar das Saideiras, sempre estive por lá antes para participar de Caravanas e diariamente conhecer um novo cantinho do melhor mercado público dessa país, o Mercado Central de BH.




Acabei criando um ritual dentro do Mercado que terei que descrever numa outra oportunidade...o maior barato !!! Só uma pista: vai da laranjinha cristalizada ao jiló com fígado e do café a cachaça !!!



Cada dia mais fluente na língua botequeira, fiz amigos por lá. Amigos e verdadeiros mestres da baixa gastronomia. Com o Doca e sua família tive a oportunidade de participar da primeira discussão sobre a concepção de um prato para o Festival...isso um dia após a Saideira...desse dia até a elaboração do prato final tive a oportunidade de observar a criatividade colocada em prática, ou seria em pratos, da Cassia Lage e família Doca.















Kebabiando por aí !!! Turco ou Grego ??? Girando ou na grelha ???


Guarde bem essas duas palavras! Essa é um dica de sobrevivência importantíssima para quem está com pouco dinheiro e precisa se alimentar por lá! E de quebra comer algo típico. E nada mais típico na Alemanha do que um legítimo lanchinho turco! As palavras Döner (pronuncia-se mais ou menos "dênar") e Kebab são sinônimos de banquetes rápidos e, principalmente, baratos.
É virtualmente impossível você ir longe sem esbarrar em um. Dependendo o bairro, com um monte! Por dois euros(em média)você pode comer até passar mal uma espécie de mega-sanduichão com muita salada, molho, batata frita, cebola e carne, servidos em um grande pão aberto. Tudo feito na hora.


O equivalente brasileiro seria o bom e velho "churrasquinho grego", mas o Döner é muito mais exagerado e calórico. Não é todo mundo que come um inteiro, mas é energia suficiente para ficar muitas horas sem comer. Para o bem de minha saúde só encarei a opção vegetariana (Dürüm), onde a carne é trocada por queijo. Outra dica importante é pedir sem cebola, pois eles carregam mesmo nela. Ah, sim, nesses lugares você sempre come em pé.

Döner kebab (em turco: döner kebap, literalmente "espeto giratório") é um prato nacional turco, feito de carne assada num espeto vertical e fatiada antes de ser servida. A carne pode ser de cordeiro, carneiro, bovina, caprina ou frango. Alguns dos nomes alternativos também utilizados para o prato, muito comum em todo o Oriente Médio e na região européia dos Bálcãs, são kebab, donair, döner, ντονερ, doner ou donner. O döner kebab também está relacionado a diversos outros pratos similares das culturas vizinhas, como o shawarma e o gyros. Uma versão desenvolvida para agradar o gosto dos alemães, feita por imigrantes turcos residentes em Berlim, tornou-se uma das fast-foods mais populares da Alemanha, e muitos expatriados turcos exportam os döners "alemães" de volta para seu país natal.

No Brasil o döner kebab é comercializado com o nome de churrasco grego, normalmente em barracas de rua e pequenos estabelecimentos comerciais nos centros das grandes capitais.