quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

RESULTADO FINAL - DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO - GRUPO ESPECIAL - CARNAVAL 2010

RESULTADO FINAL
DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO
GRUPO ESPECIAL - CARNAVAL 2010

Conforme comentei nos posts anteriores, acompanhei e comentei ao vivo da Avenida, nove escolas, postando-os real time no Blog e Facebook. Como desfilei pela Mangueira, precisei me ausentar e não comentei a Grande Rio e Vila Isabel, além da própria Mangueira, obviamente.


Comparem o resultado final com meus comentários, lembrando que sou leigo
no assunto mas esse exercício faz parte de um estudo que estou realizando e a assertividade das minhas observações versus o resultado final, é muito importante.

Destaco algumas observações que fiz durante a cobertura e na terça-feira às 07h, ao términos dos desfiles:
"ANTES DE FECHAR MEU NOTEBOOK, DEIXO REGISTRADO MEU PALPITE: MANGUEIRA, VILA ISABEL, GRANDE RIO, BEIJA-FLOR, SALGUEIRO E UNIDOS DA TIJUCA DISPUTAM OS 3 PRIMEIROS LUGARES."

"O Segredo, título do samba, é entender a mente desse gênio chamado Paulo Barros. Salve a inovação e a criatividade que convivem, harmoniosamente, com a tradição do carnaval."

"Qual é o detalhe que falta pra Unidos da Tijuca de Paulo Barros ser campeã ??? Ahh, isso não pode ser ser segredo !!! É a primeira Escola do dia a entrar na disputa pelo título...mas não conte pra ninguém, é segredo !!!"
Bulica !!!

Melhor Samba-Enredo 2010

Outro exercício que fiz, esse preliminar ao desfile, off line, onde ouvi cada samba 20 vezes em 3 dias, li todas as sinopses e todas as letras com atenção, foi de entender os critérios para avaliação do quesito SAMBA-ENREDO.

Fiquei muito feliz com o resultado, mais uma vez ressaltando que sou leigo no assunto.

No quadro abaixo, a primeira coluna é o resultado oficial do desfile com o descarte de notas. A segunda coluna é a média ponderada das 5 notas, ou seja, sem descarte, considerando 2 casas decimais. E a terceira coluna foi minha avaliação publicada em post anterior com notas de 5 a 10 e escala de 0,5.


Resultado: na comparação da minha avaliação com as notas sem descarte, o resultado foi considerado satisfatório.

Vamos aprimorar e entender cada vez mais de Carnaval, além de curtir todas essa alegria e descontração.

Viva o Rio de Janeiro, Viva o Carioca, pelo Carnaval lindo que realizou, nos blocos, nos bailes e na Avenida com ZERO de violência, muita PAZ e ORDEM.

Parabéns Tijuca e Paulo Barros, que guardaram o segredo do título até o final da apuração !!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Prêmio ESTANDARTE DE OURO do Jornal O GLOBO para as Escolas de Samba do Rio de Janeiro - Carnaval 2010




Em primeira mão, os vencedores do Estandarte de Ouro do Jornal O Globo, Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro - Carnaval 2010.


Somente pra comentar, o resultado do Estandarte de Ouro não coincide com o resultado oficial do Carnaval, pois os critérios de avaliação utilizam métricas e cálculos diferentes.

Melhor samba-enredo: Imperatriz Leopoldinense

Enredo: Vila Isabel

Bateria: Mestre Nilo Sérgio, Portela

Mestre-sala: Julinho, da Vila Isabel

Porta-bandeira: Ruth, da Vila Isabel

Personalidade: Tia Nadir, da Beija Flor

Ala: Bloco Faz Vergonha, da Vila Isabel

Ala das baianas: Salgueiro

Revelação: Daniel, segundo mestre-sala do Salgueiro

Passista feminino: Tina, da Mocidade de Padre Miguel

Passista masculino: Fábio, da Mangueira

Puxador: Ito Melodia, União da Ilha

Comissão de frente: Unidos da Tijuca

Samba do Grupo de Acesso: Império da Tijuca

Escola do Grupo de Acesso: Estácio de Sá



Mais comentários no meu BLOG gasTronomia de boTequim:
http://gastronomiadebotequim.blogspot.com/

Fotos nos meus álbuns do Facebook:




Mais fotos nos Flickrs:





Estive na avenida e avaliei 9 escolas, as 6 de domingo e as 3 de segunda. Em função de ter desfilado na Mangueira, não assisiti a Grande Rio e Vila Isabel.

Beijos e Abraços, boa terça,

CARLOS::henrique::CADINHA

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segundo Dia de Desfile, comentado ao vivo, direto da Sapucaí, na visão, ainda embaçada e com aquela "areinha" de um blotequeiro.

G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel

Mocidade canta o paraíso pra espantar o inferno que a afasta do título desde 1996 e do desfile das campeãs desde 2003


Que torcida pra que a Mocidade volte a fazer aqueles desfiles da época do Renato Lage. Começa com uma vantagem, um dos melhores puxadores do Rio, Nêgo, irmão do Neguinho da Beija-Flor, como segunda voz, que juntamente com a bateria do Mestre André, sob o comando de um estreante, Mestre Beréco, tem tudo pra manter o ritmo e a batida no alto o tempo todo. Cid Carvalho, ex-comissão de carnavalescos da Beija-Flor, chega com o desafio de fazer a Mocidade retornar no sábado.
A Comissão de frente bem clássica, trazendo uma Macieira, a árvore do conhecimento, trazendo Adão e Eva, todos bem coreografados, marcada com alguns passos de ballet e dança russa. O carro abre-alas trouxe o Jardin do Éden com nome de Paraíso Tropical, figura carimbada em vários enredos de outros carnavais, mas, mesmo assim, veio muito bonito, colorido, brilhante e iluminado o caminho da escola.
Samba-enredo muito bem escrito, linda letra, porém daqueles tipo Beija-Flor, difícil de cantar, embora com bom refrão, aliás, ótimo refrão. Mesmo sendo difícil de ser interpretado pelo público, não pros julgadores, o refrão é tão forte que fez o público cantar. Fiquei surpreso, satisfatoriamente. Assim como aconteceu com o samba da Imperatriz, o samba da Mocidade se desenvolveu muito bem na Avenida, 90% disso deve-se a bateria e aos puxadores David do Pandeiro e Nêgo. Com 30 minutos de desfile a bateria dá um show, é a guitarra de Eric Clapton, inconfundível, ímpar, com identidade e CPF.
Ninguém vai admitir, mas tá fácil de identificar alguns nucleótidos do DNA Beija-Flor, desde o samba-enredo, a formação da escola na avenida, as alegorias, componentes ensaiados, o que é totalmente compreensível pela presença do Cid Carvalho, que deu um pulinho ali em Padre Miguel, rapidinho, dar uma força pra co-irmã. O Laíla falou: "Cid, 4 vês !!!".
A Mocidade desfilou com paixão, saiu do inferno e entra na fila do paraíso das cinco que voltam no sábado, mas dificilmente briga pela primeira colocação.


G.R.E.S. Porto da Pedra
Despiu-se da modéstia e vestiu a avenida com uma variação de tons dourados e amarelos, deixando a dica da roupa que ela ia vestir na festa e desfilar na avenida. Mas faltou a tecla SAP.


Abrir um desfile com o símbolo da escola, acabamento de primeiríssima, articulação made in Parintins e num carro acoplado, é no mínimos ousado. O tigre retrô-contemporâneo, que até piercing tinha, impactou na chegada. A primeira impressão é a que fica, e a Porto do Pedra que normalmente faz desfiles modestos, usou e ousou dessa máxima e quebrou o gelo.
Vestiu a avenida com tons de amarelo, dourado, laranja, cor de tigre quando não foge, e criou um efeito muito bonito, uma compactação rara de se ver e que eu particularmente gosto, lembrando antigos desfiles da Mangueira que variava muito os tons de poucas cores. Por outro lado, o ônus dessa compactação foi a dificuldade de algumas alas evoluírem em função dos adornos de algumas fantasias, um verdadeiro bate-bate.
O samba-enredo "Com que roupa eu vou...", na minha avaliação, o pior desse ano, foi bem levado graças as consecutivas paradinhas da bateria "ritmo feroz" do Mestre Thiago Diogo, foram muitas mesmas, até com variação de ritmos. Desconfio que os jurados mais catedráticos irão descontar pontos da Bateria pelo excesso de paradinhas. Luizinho Andanças mandou bem, garantindo a continuidade de bons puxadores no carnaval carioca.
Com alegorias pouco inteligíveis, o público mais curioso seguramente sentiu falta por não receber a sinopse completa na chegada ao sambódromo. Paulo Menezes optou por um desfile nada óbvio para um enredo cotidiano e aparentemente fácil de desenvolver, mas continuo achando que faltou a tecla SAP. A alta costura esteve presente na segunda parte do desfile embora não seja facilmente identificada por 98% dos habitués presentes. Paulo Menezes optou em trazer os grandes estilistas numa alegoria em forma de festa. Foi uma proposta, mas que na minha opinião não combina com a mecânica robotizada da alta costura.
A harmonia parece que esqueceu do quinto elemento, ou melhor, quinto jurado, e evoluiu bem até os 70 minutos. Depois disso foi aquele "vamo, vamo, vamo !!!".
O fechecler, que abre e fecha, pra Porto da Pedra está nos quesitos Samba-Enredo e Enredo, muito subjetivos.


G.R.E.S. Portela
A Entidade do Samba topa o desafio, abre mão do extremo tradicionalismo, convida a avenida para a era da Inclusão Digital e se depara com uma linha cruzada. A Era da Inclusão Digital transformou-se na "Era Pré-Segunda Ruptura" ou "Era Nova Geração de Sambistas Portelenses" com assinatura "chega Velha Guarda, já tá bom".


Depois do Tigre, outro carro abre alas acoplado, a tradicional Águia vem high tech, estilizada a ponto de ficar quase irreconhecível, e voa baixo abrindo o desfile da Portela. Se história e a real participação de nomes ilustres de 4 gerações do samba contasse ponto, a Portela sairia na frente.
Depois de uma escola que trouxe o dourado predominantemente, a Portela vem toda prateada, o que combinado com luzes e tons de azul, cria uma atmosfera digital. Portela "by Matrix". Do samba-enredo contestado pela própria comunidade, com título no gerúndio, alinhado com o movimento do Rio de Janeiro para a inclusão social através da Internet, sobra somente dois bons refrões.


Tentar fazer conexão de Samba x Portela x Inclusão Digital x Polícia Pacificadora, pra mim, é tentar fazer um merchandising público mais que explícito. Quase levantei e parei de brincar. Vamos em frente. Não vivenciei os acontecimentos que levaram a ruptura da Portela e consequente criação da Tradição, mas vejo uma Portela irreconhecível passar na Avenida, sem identidade (basta imaginar Monarco e Manacéia, acessando o Google Buzz e cantando esse samba).

A Portela parece buscar um título a qualquer preço, depois de um terceiro lugar em 2009, sob o risco de uma nova ruptura que coincide, ou não, com a transição entre gerações de sambistas, vide Diogo Nogueira.
Enredo pra Renato Lage, somente, que pra ser desenvolvido não pode ser à brinca, tem que ser à vera. Um parênteses: sou Engenheiro Eletrônico e com especialização nas áreas de tecnológia e administração. Uma vez escolhido um enredo de alto risco como esse, tratando-se de Portela, deve-se assumir o ônus de tratar de forma extremamente superficial um tema que além de amplo é dinâmico.

Fecha o parentêses aí por favor, obrigado.
Chega: Ctrl+Alt+Del > Desligar computador, interrompendo esse cometário aos exatos 69 minutos.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Primeiro Dia de Desfile das Escolas de Samba do Rio, comentado ao vivo, direto da Sapucaí, na visão de um botequeiro, cozinheiro e curioso.

G.R.E.S. Ilha do Governador
No meio do caminho tinha um viaduto, Um viaduto sempre esteve naquele caminho

A primeira escola do primeiro dia sofre pelo calor do final de tarde/início de noite, piorado pelo horário de verão, e pela frieza do público, que ainda está chegando e se poupa no início, naturalmente. Porém, a Ilha, assim como a Império Serrano, Estácio de Sá, Caprichosos, são escolas despojadas e que quebram, literalmente, esse clima. Um samba pra cima, com refrão forte, com pitada de Arlindo Cruz (que ninguém nos ouça), bem interpretado pelo jovem, competente herdeiro e estreante no Grupo Especial, Ito Melodia, que puxou um esquenta dos melhores, um Ito que puxou um Ita, com o grito "a união voltou".
Um enredo com assinatura de grife, "por Rosa Magalhães", tinha tudo pra dar certo. Mas, o velho e conhecido viaduto, vilão de sempre das escolas que concentram pro lado do "Balança", atrapalhou sobremaneira a evolução da Ilha e conquentemente a harmonia, sem falar em alguns adereços que ficaram pra trás e parte da alegoria do carro 4. Fica uma idéia de solucionar o problema do viaduto, pois o investimento que envolve o Carnaval do Rio, patrocínio e injeção de dinheiro externo através do turismo, banca facilmente uma ponte retrátil ou outro projeto.
A bateria não inventou, foi conservadora, manteve o ritmo (marcação e tempo) e os jurados desse quesito gostam disso. A Comissão de frente também veio no "padrão", sem Mister M, Cirque de Soleil ou show pirotécnico. O quesito enredo, principalmente, e harmonia, decidirão se teremos a Ilha em 2011. Tomara que sim, pois no quesito "levanta a galera" a nota foi 10.

G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense
Um mantra dos melhores na Sapucaí "Oh, Deus pai! Iluminai o novo dia, Guiai ao divino destino, Seus peregrinos em harmonia".

Lembrei do Cid Moreira e do Papa Bento XIV, só que o primeiro orando num CD e o Papa rezando uma missa no Vaticano, com todo respeito ao Mister M, faz toda a diferença. Quem ouviu o samba-enredo da Imperatriz não imaginava que na avenida o samba iria se transformar num mantra liderado pelo Padre-Puxador Dominguinhos Macelo Rossi do Estácio. Arrepiante ! "Oh, deus pai! Iluminai o novo dia, Guiai ao divino destino, Seus peregrinos em harmonia". E já que falei do Padre PopStar Marcelo Rossi, mesmo que uma letra em louvação, a bateria brincou de ousar, de criar, as paradinhas foram um deboche ! Coisa de maluco, inesquecível ! Pra mim, já está gravado na memória. Dominguinhos do Estácio, hors concours, dispensa comentário, "404 error !". Max Lopes, o homem que é um luxo só, até mesmo quando o dinheiro era pouco ele conseguia deixar sua chancela "por Max Lopes", com um pouquinho de dinheiro a mais, brincou de luxo, sofisticação e colorido. Com um novo posto de julgadores, ou seja, 5 minutos a mais, ou melhor, 5 minutos a menos de evolução, todos os diretores de harmonia das outras escolas estavam monitorando o tempo de cada setor da Ilha. Só que com a quebra do carro 4 da Ilha, a brincadeira acabou e quem sofreu com isso foi a Imperatriz, que não conseguiu sincronizar seu desfile nos 80 minutos e teve seu carro abre-alas, temporiamente andando que nem siri, de lado, o que atrapalhou também a evolução da escola e consequentemente a harmonia. Correria nos últimos 10 minutos, coloca em risco o ótimo trabalho da Escola, desde o enredo, samba, bateria e alegorias.
G.R.E.S. Unidos da Tijuca
O Segredo, título do samba, é entender a mente desse gênio chamado Paulo Barros. Salve a inovação e a criatividade que convivem, harmoniosamente, com a tradição do carnaval.

Um coquetel chamado Paulo Barros, um mix de David Coperfield, Victor Frankenstein, Emmet Brown, William Shakespeare e John Frink, muito criticado pelos entendedores que ainda "batem a máquina Oliveti", quem enviam carta em envelope emoldurado em verde e amarelo e usam pomada minancora nas axilas.
Paulo Barros, um jovem 100% talento, coloca a sua personalidade na avenida sem medo de errar. Desde que apareceu, recentemente, criou o contra-ponto necessário para acabar com a tradição excessiva ou medo da mudança, sei lá, que afetava também o Carnaval do Rio. Na Tijuca, ousadia é pouco e a surpresa é garantida. Só isso já vale o ingresso.
A Comissão de Frente foi o couvert do excelente cardápio que iria ser servido. Vi gente sem piscar durante os 80 minutos. Troca de 6 figurinos em 2 segundos/cada, Fogo na Biblioteca de Alexandria, Presente de Grego, Os Jardins Suspensos com 5 mil plantas naturais numa alegoria, 4 mil litros de água, numa união de Jardim Botânico com Carro Orgânico. Bateristas mafiosos que mantiveram um andamento perfeito, ousaram nas paradinhas e ao mesmo tempo tinham que coreografar para permitir a passagem de um calambeque preto. Batman esquiando e homem aranha escalando numa rampa de 9 metros de altura. Alegoria que impressiona, mas "pesada", ou seja, ocupava espaço e foi pouco utilizada. Michael Jackson deixou de tomar seu Propofol do dia e deu o ar da graça. Quando passou pela Madonna gritou "auuuuuuu!!!!!!!!!". O samba enredo podia ter ajudado mais.
Um pavão humano com 200 pessoas, fechou o desfile e deixou a pergunta: Qual é o detalhe que falta pra Unidos da Tijuca de Paulo Barros ser campeã ??? Ahh, isso não pode ser ser segredo !!! É a primeira Escola do dia a entrar na disputa pelo título, que o samba enredo não atrapalhe...mas não conte pra ninguém, é segredo !!!

G.R.E.S. Viradouro
Eu assisti uma página do livro "A Rica História do México" com direito a "Flash Mob" com coreografia "Estátuas Cochilantes"

A Viradouro já entrou na Avenida com um grande desafio: tentar desfilar o rico enredo que não foi refletido no samba-enredo. Explorar as cores, diante de tanta similaridade entre o México e o Brasil, gastronomia boa, com identidade e que os brasileiros apreciam, alegria do povo, lindas praias,..., e por aí vai. Logo no início o Diretor de Bateria Mestre Jorjão acabou com a expectativa de todos: fez a paradinha com batida funk que virou marca dele. Nesse momento, 30 minutos de desfile, e a arquibancada fazendo "flash mob" com coreografia "Estátuas e Colchonetes". Samba enredo desencadeado logicamente e melodiosamente fez que poucos integrantes cantassem. Vejo 10% de cada ala cantando o samba. Pouco movimento, pouca coreografia, pouca empolgação por parte dos integrantes, efeito do samba-enredo.
Alguém tem o telefone do Mexico Delivery ? Vou pedir uns nachos, guacamole, burrito, enchilada...e beber uma 100% agave.
Voltando ao desfile, alguém poderia dizer "desfile tecnicamente perfeito" iguais aqueles da Imperatriz e alguns da Beija-Flor, mas não é o caso. Escola passou fria, faltou pimenta chilli e parece que faltou orçamento também...fiquei com essa impressão. Entre mortos e feridos, Salvaram-se Wander Pires e Mestre Jorjão.
G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Uma aula de como explorar bem um enredo e engajamento dos componentes. De tão bom, a História Sem Fim, nome do samba-enredo, poderia se transformar num Desfile Sem Fim
Renato Lage deu o exemplo de enredo bem escolhido e bem explorado. Mesmo sendo amplo, nada ficou de fora, "Ipsis litteris". Renato Lage é muito competente e mergulha na pesquisa dos enredos que ele trabalha. Comissão de frente criativa, bem fantasiada e com coreografia complexa porém muito bem executada. A melhor comissão de frente do dia até agora.
Fantasias auto-explicativas, enredo inteligível nas alegorias, nos adereços, em tudo. Todos os componentes, todos mesmo, cantando o samba e sorrindo. Percebe-se uma direção de harmonia segura e serena, passando segurança pra escola. Muito movimento nos carros com o grupo Intrépida Trupe, em balanços e pêndulos.
Melhor ano do Quinho como intérprete do Salgueiro. A bateria, a furiosa, batendo forte e cadenciadamente perfeita e com direito a paradinhas. Uma ala coreografada, raro de se ver hoje em dia, a ala navio negreiros deu um show. O uso bem feito de tripês deixa a escola mais preenchida na avenida, separa os setores e facilita a compreensão do enredo. Foi muito bem aplicado pelo Renato Laje.
Pela fama e envolvimento da comunidade, o Salgueiro sempre vem grande, com mais de 4 mil integrantes e deixa aquele frio na barriga no final em função do tempo. Olho nos quesitos harmonia e evolução em função de uma corridinha na chegada. Sempre foi assim. O pessoal de Parintins deu um show na elaboração do último carro, um robô enorme, todo articulado e com 16 pessoas dentro garantindo os movimentos.
Não é nada arriscado afirmar desde já que o Salgueiro briga seriamente pelo bi-campeonato. Salgueiro, desfilou com alma e coração como diz o samba.
G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis
Um desfile onde o galho de arruda foi dispensado. Escola conseguiu com habilidade contornar a questão política que poderia comprometer inconscientemente o seu desfile


A Beija-Flor pode desfilar com um samba escrito em grego que os componentes já vão entrar na avenida cantando. Isso ocorre em função de ser a escola com maior participação da comunidade entre os componentes. Antes de começar o esquenta já estavam todos cantando e sorrindo. Isso faz a diferença e é fruto de muitos ensaios e do envolvimento nilopolitano. A Beija-Flor é praticamente uma S/A.
Diretores de Harmonia com faixa presidencial e representando JK. Samba-enredo com chancela "beija-flor", complexo, sem refrão forte, letra bem escrita, mediamente melodioso, mas que sintetiza o enredo e não deixa nada de fora.
Como a avaliação é totalmente técnica e decidida em 0,1 ponto, isso faz da Beija-Flor a maior campeã dos últimos anos. Nada na Beija-Flor é decidido isoladamente. Existe comissão para tudo, inovação que surgiu após a saída do Joãozinho Trinta e hoje liderada por Laíla. A Comissão de Frente com uma roupa indescritível, pássaros, anjos, as asas de Brasília, beija-flor e muito bem coreografada. Um carro abre-alas acomplado com 60 metros de comprimento, muito colorido, luzes, impressionando e impactando de partida.
Muito investimento em 2 carros acoplados e a troca do luxo pelas cores. Percebi por volta dos 50 minutos de desfile uma diminuída na cadência, talvez o Neguinho precisasse usar mais seus intérpretes pra puxar a bateria pra cima. Praticamente todas as escolas deram uma corridinha no final, e isso foi reflexo no novo posto de julgadores.
Pra concluir e como já era esperado, um desfile tecnicamente perfeito, que não levantou a galera, mas que credencia a Beija-Flor para brigar com Salgueiro e Unidos da Tijuca pela melhor escola nesse primeiro dia.

Bom dia pra todos, bom Carnaval...Momo vai descansar que daqui a pouco tem mais, chora cavaco, caramba !

Botequim e Rio de Janeiro: Enredo "Demorô, qualquer prazer me diverte"

Amigos Blotequeiros,

Botequins e Petiscos dariam um enredo "O Carioca Rindo Até de Injeção na Testa"...Quero dizer que botecos e samba, ou botequins e carnaval, tem forte ligação. Por isso, publiquei esse post, que foi muito legal pra mim, pois tive que estudar e entender os critérios para julgar o quesito "SAMBA ENREDO"

Aí vai: compartilho minha avaliação técnica dos Sambas-Enredo do RJ em 2010. A avaliação desse quesito pode ser levemente alterado de acordo com o desenvolvimento da agremiação na avenida. Trata-se de uma avaliação técnica, onde usei a sinopse do enredo e o samba-enredo (letra e melodia).


Observei e pontuei de 5 a 10 com escala de 0,5:

Letra x Enredo, compatibilidade entre o tema e a letra do samba, criatividade e adaptação a melodia. Harmonia musical que propicie o canto e a evolução sem esforço dos componentes, facilitando a manutenção da cadência da Bateria.
A melodia deverá possuir tonalidade adequada para as vozes e afinação, criatividade e originalidade.
Na letra do Samba observei a objetividade, a clareza, a precisão, a criatividade e um encadeamento lógico.
1 - Vila Isabel
2 - Mangueira
3 - Beija-Flor
4 - Salgueiro
5 - União da Ilha
6 - Imperatriz
7 - Tijuca
8 - Porto da Pedra
9 - Portela
10 - Mocidade
11 - Viradouro
12 - Grande Rio


Sou Beija-Flor e vou desfilar na Ilha e na Mangueira.
Conferimos na quarta e bom desfile pra todos.

Aproveito para publicar a ordem do desfile:

Domingo (14)
UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
UNIDOS DA TIJUCA
UNIDOS DO VIRADOURO
ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

Segunda-Feira (15)

MOCIDADE IND. DE PADRE MIGUEL
UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
PORTELA
ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
UNIDOS DE VILA ISABEL
ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

Ordem / Previsão de Início

1 - Às 21:00h
2 - Entre 22:05 e 22:22h
3 - Entre 23:10 e 23:44h
4 - Entre 00:15 e 01:06h
5 - Entre 01:20 e 02:28h
6 - Entre 02:25 e 03:50h

A agremiação, cuja posição na Ordem dos Desfiles corresponda à numeração ímpar deverão se concentrar a partir da lateral do Setor 01 (um) da Avenida dos Desfiles no sentindo do "Balança Mas Não Cai". As Escolas de Samba, cuja posição na Ordem dos Desfiles corresponda à numeração par deverão se concentrar a partir do prédio do Juizado de Menores no sentido do prédio dos Correios.

Bom Carnaval pra todos, Muita Alegria, Muita Diversão e Muito Samba no Pé !!!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Onde tem UPPs tem Biroscas também - Concurso elege as 12 melhores biroscas do Cabritos e da Tabajaras

Pés sujos nos holofotes



Um roteiro diferente começa a se formar nas favelas que já contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs): o das biroscas.

No Morro dos Cabritos e na Ladeira dos Tabajaras — que cortam os bairros de Copacabana e Botafogo —, 12 delas foram eleitas como as melhores entre 52 que concorreram em um concurso promovido pela associação de moradores. São estabelecimentos pequenos, na maioria das vezes informais, mas esbanjam simpatia e servem uma cerveja tão gelada que faz até doer os dentes.
— Esse é o ponto certo. A cerveja tem que estar quase congelando na hora de ser servida — contou Carlos da Conceição Souza, o Deroso, de 34 anos. O apelido virou o nome da birosca que ele tem há seis anos e já virou uma extensão de sua casa. Quando o balcão está vazio — coisa rara — Deroso aproveita para fazer exercícios ou brincar com o filho Douglas, de 1 ano.
— Aqui lota nos dias de jogo: fica gente até na calçada do outro lado da rua — disse ele.

Os cerca de 30 troféus já conquistados pelo Jaca Verde — time da comunidade em que Deroso joga — compõem a decoração da birosca e são motivo de orgulho. Assim como os petiscos que saem da cozinha:

— O frango à passarinho é imbatível — contou ele.

Mais adiante, encontra-se o Bar da Dona Ana. Lá, o público é outro: os cearenses que moram na comunidade e, para matar a saudade de casa, não resistem a um forró.

— Às sextas, um grupo toca ao vivo. O palco é a parte mais alta da calçada. A rua fecha por causa do mundaréu de gente que vem arrastar os pés — disse Ana Maria Rodrigues, de 57 anos, que há 20 recebe os fregueses na janelinha da birosca:

— Quem quiser comer alguma coisa, traz e eu preparo. Só cobro a mão de obra.

Idealizador do concurso, o professor de marketing Daniel Plá acha que esse tipo de ação é uma forma de todos descobrirem os tesouros das comunidades, antes escondidos pela violência do tráfico:

— Uma exposição com as fotos das biroscas ganhadoras será aberta amanhã, na associação de moradores, para comemorar essa nova fase.



Alguns dos selecionados, visitados pela equipe do EXTRA:

Bar do Deroso - É onde se reúnem os atletas. As meses são espalhadas nas calçadas. Além da TV, há também uma mini-aparelhagem de DJ.
Bar da Dona Ana - Ponto de encontro os cearenses. O atendimento começa quando chega o primeiro freguês e só termina quando o último sai.
Bar da Baiana - Aline Gomes dos Santos é responsável pelo atendimento no balcão. Na cozinha, sua mãe e seu pai capricha nos petiscos para acompanhar a cerveja: batata frita e linguiça são os que mais saem.
Sendão - Wendel Souza Mendes Santos espera a todos com cerveja gelada, X-tudo e mini-pizza. Para as crianças, há um videogame à disposição.
Cantinho da Rô - O forte são os lanches preparados por Rosângela Moraes Elias Bernardo. A meninada adora os quitutes elaborados por ela e, até de madrugada, fazem fila para prová-los.



Palavra de especialista


"A birosca na favela tem a mesma função e importância social que tem o botequim no asfalto, qual seja, a de servir de ponto de encontro entre os fregueses, formando uma espécie de clube social. Lá, as pessoas se informam sobre as novidades da comunidade, trocam confidências, brincam, choram, criam, se divertem. Pois, apesar dos guias e do marketing em torno dos botecos, botequim no Rio tem mais a ver com boemia do que com serviço. Tem mais a ver com encontrar os amigos, paquerar e beber, do que fazer programas gastronômicos e experimentar iguarias, embora isso não esteja descartado. Com o tempo, sem o entrave de milícias e de traficantes restringindo o acesso, pode ser que as biroscas se integrem no roteiro boêmio da cidade de forma mais ampla. É questão de esperar para ver."



Paulo Thiago é jornalista

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

160 anos de Delicatessen com Alma de Botequim - Casas Villarino e Paladino, muita história, comida boa e cerveja gelada.

CASA VILLARINO


Antes que alguém pergunte, a resposta é sim.

Foi em uma daquelas mesas que o jornalista Lúcio Rangel apresentou Vinicius de Moraes a Tom Jobim, no ano de 1956 para musicar a peça Orfeu da Conceição, que foi apresentado ao público meses mais tarde. Também foi onde se ouviu pela primeira vez o termo BOSSA NOVA, que ninguém sabia ao certo o que significava, mas, acabou dando nome ao novo estilo musical que revolucionou e marcou uma era, admirado no Brasil e no mundo. Dizem que seu autor e primeiro a usar o termo foi Fernando Lobo, usando como qualitativo para nomear tudo que era novidade, outros atribuem a Lúcio Rangel, mas não resta dúvida de que foi no VILLARINO que o termo e o novo estilo musical surgiu.

Em uma das paredes do bar, foi instalado um painel fotográfico, em tamanho natural, para homenagear aqueles ilustres boêmios intelectuais. Nessa parede os freqüentadores registravam sua passagem, onde faziam dedicatórias e rabiscos. Pancetti, Di Cavalcanti e Augusto Rodrigues lá deixaram seus primeiros traços e pinceladas, Ary Barroso registrou ali sua inspiração e as primeiras letras da famosa Aquarela do Brasil.



Fundada por espanhóis em meados de 1953, a tradicional CASA VILLARINO é um misto de bar e delicatessen, onde se encontra bebidas e comestíveis finos, nacionais e importados. Estrategicamente localizada no centro do Rio de Janeiro, virou símbolo e referência da boemia carioca, onde ao final do expediente, poetas, intelectuais, músicos, trabalhadores da justiça e da economia e outros profissionais, amantes de uma boa bebida e um bom papo pra descontrair, se encontram desde aquela época.

E deu no que deu. Inaugurado três anos antes desse momento histórico, o lugar oferece produtos de delicatessen logo na entrada. Nos fundos fica o bar, enfeitado por um painel com a foto de Vinicius lá mesmo, entre amigos. Ainda hoje se pode fazer como o poeta e bebericar uma dose de uísque. Para beliscar, porções de presunto cru, queijo bola ou provolone e sardinhas portuguesas.
Minha dica: Porção de Presunto Cru com Pastinha de Gorgonzola e Torradas, Carne Assada com Talharim na Manteiga ou Lula com Arroz de Brócolis.

CASA VILLARINO / Av Calogeras, 6-B / Centro / Tel (+5521) 2240-1627


CASA PALADINO
É um lugar que parece parado no tempo - e essa é uma ótima notícia. No mesmo endereço há 103 anos, tem cristaleiras na decoração e cardápio de opções simples, mas deliciosas. Em prateleiras na entrada da loja ficam à venda vinhos, queijos e azeites importados.

Restaurante clássico do centro do Rio, a Casa Paladino é uma mistura de mercadinho e boteco, que a mais de 100 anos conta com a mesma decoração e aparentemente os mesmos garçons. O lugar parece que nunca passou por uma faxina e seus garçons, apesar da “má vontade” típica de restaurantes antigos, são descontraidos e de humor sarcástico.

A especialidade é a opção de salame com queijo e ovo, conhecido como triplo. O salme pode ser substituido por presunto ou copa, todos eles servidos em porções bem servidas. A outra boa opção do parco cardapio é o omelete de sardinha, regado a muito azeite português.
Bom para almoco de sexta-feira, sempre cheio e muito apertado, onde os garçons pedem para os clientes servirem outros clientes por não conseguirem passar.


Experimente as omeletes de presunto e provolone, de bacalhau e de camarão. Outra pedida imperdível é o sanduíche triplo, de ovos mexidos, presunto e queijo provolone. O chope da Brahma é bem tirado.

Os preços são módicos, um sanduiche triplo, um omelete e um refrigerante saem por menos de R$ 10,00, mas o local só aceita dinheiro vivo.

Moacyr Luz e Baiano no Paladino – essa você encontra no Livro “Botequim de Bêbado Não Tem Dono” de Moacyr Luz, e eu tive a grata oportunidade de, juntamente com Moa, Eduardo Maya e Cátia do SindRio, ouvi essa engraçadíssima historia do próprio Moacyr, as vésperas do lançamento do livro, ou seja, furo de reportagem. Leiam e divirtam-se:


“Estou com Baiano, amigo de excursões nos butiquins mais vagabundos, sentados numa mesa de canto, quantidade forte de chopps bebidos quando se aproxima um sujeito estrangeiro. Americano, mas falando muito bem português. Ele me conhecia. Estavam em quatro pessoas, também americanos, pedindo dicas de outros bares na redondeza pra fechar a tarde turística. Ele em pé, nós sentados, proposta aceita, juntamos as mesas. “Gosta de cachaça?”, perguntei. Havia uma bailarina que entendeu o termo aguardente e também, curiosa, pede pra provar. Eu olho pro Baiano me sentindo um agiota de subúrbio querendo dar uma volta no último vagão do trem e pensando: - querem uma cachacinha, né? Ô Barriga, desce uma garrafa do marafo, parati pura, tá?
Ri por dentro imaginando o porre que aquilo iria virar. Pensei até em incidente diplomático. Mas o “novo” amigo americano bebia uma dose por gole. A Bailarina fazia padedê quando ia ao banheiro, ainda voltava num 360 graus enquanto meu rosto “arroseava” alcoolicamente pela bendita ingestão. Faço aqui uma pequena crítica ao bar: os guardanapos são pequenos, feitos num papel raro, não desengordura a mão grudenta do salaminho.
Eu, suando mais que personagem de Nelson Rodrigues, gastei um copo do áspero higiênico. A camisa bordada nas axilas, o Severino fumando, o bar enchendo e os quatro americanos pedindo outra garrafa sem tremer um dedinho sequer. Volto ao assunto:
- Mas meu amigo, você fala muito bem português. Vem sempre aqui?
- Sempre! fui casado com uma brasileira.
- É? Brasileira? Do Nordeste?
- Daqui mesmo, carioca. Atriz.
- Atriz? Eu conheço?
- Acho que sim. Sônia Braga.
Quase cuspi o pivô. Eu achando que era o dono da situação, tive queda de pressão e fui levado pra respirar na Igreja de Santa Rita de Cássia, padroeira dos estivadores, fincada na mesma calçada. É isso.”


Ainda por Moacyr Luz: O bar tem uma mercearia na entrada que nos dias de hoje poderia tranquilamente se chamar delicatessen. Ricardo, o dono, vascaíno, sabe de cor a safra de cada vinho exposto e, se você não apeteceu com os sanduíches ou as fritadas, ainda posso sugerir da lojinha uma lata de sardinhas. Lata portuguesa. Eles servem com cebolas cruas e cheiro verde. Fica uma delícia!!! Mas preste atenção: de lá surgiu o serviço de Azeite na Mão. O garçom traz a lata, mas não deixa você se servir. Fica presa na palma feito celular. Mesmo assim é maravilhoso!

CASA PALADINO / Rua Uruguaiana, 224-226 / Centro / Tel: (+5521) 2263-2094

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Petite cuisine en haute, fantastique !!!



HOJE, 01 DE FEVEREIRO, FUI APROVADO NO PROCESSO SELETIVO PARA COZINHEIRO CHEFE INTERNACIONAL DO SENAC ÁGUAS DE SÃO PEDRO - SP !!!

Santé,
Chef Internacional CARLOS CADINHA