segunda-feira, 15 de junho de 2009

Jiló causa primeiro Overbooking das Caravanas Botequeiras do Rio de Janeiro

Jiló ao Original (vencedor da caravana), Jiló recheado a milanesa e Jiló chips, criações do cozinheiro experimental Carlos Henrique Cadinha.

CARAVANA DO JILÓ - Guilherme Studart

Em janeiro desse ano, o Guilherme Studart, autor da última edição do Rio Botequim, livro-guia que elenca o que há de melhor na gastronomia de botequim, organizou uma caravana para eleger o melhor jiló do Rio.

Todos acreditavam que a caravana ia micar, ou melhor, amargar. Mas acreditem, o Guilherme enfrentou uma situação inusitada, pois ocorreu o primeiro overbooking da história de suas caravanas.

Como o Guilherme estava sentindo que os botequins cariocas estavam deixando meio de lado os petiscos feito com e/ou a partir do jiló, resolveu organizar a Caravana do Jiló, que reuniu 30 pessoas em um périplo que percorreu (em um micro-ônibus refrigerado, porque ninguém é de ferro) nove botecos:

- cinco da Zona Norte (Petit Paulette, Praça da Bandeira; Zeca’s Villa e Bar do Costa, Vila Isabel; Enchendo Lingüiça, Grajaú; O Original do Brás, Brás de Pina)

- quatro da Zona Sul (Joaquina, Botafogo; Rebouças, Jardim Botânico; Bacalhau do Rei, Gávea; e Bracarense, Leblon).


Eduardo Maya, criador do Comida di Buteco (esquerda), e Guilherme Studart no Petit Paulette.

E tome jiló, e tome cerveja e, de vez em quando, um ou outro petisco além do jiló, como o sensacional joelho de porco assado (na frangueira, aquela tradicional assadeira de frango) do Enchendo de Lingüiça, de comer ajoelhado.

Teve de um tudo: jiló com calabresa e mussarela, jiló chips, jiló-dog (recheado com lingüiça), com carne seca desfiada, refogado, com cebola, alho e salsa, empanado. Uma festa pra quem gosta de jiló e pra quem achava que não gostava.


jiló-dog (recheado com lingüiça) do Enchendo Linguiça

Os participantes da Caravana iam comendo e dando notas aos jilós e, no final, houve um empate na preferência do pessoal: o jiló recheado com lingüiça calabresa no molho de tomate, do Original do Brás, e o jiló chips do Zeca’s.


O jiló vencedor foi o do Bar O Original do Brás


O segredo do jiló do Original é o cozimento do próprio no vapor, que dá suavidade ao prato, cor, sabor e textura ao jiló, explica Carlos Henrique Cadinha que adaptou a receita a partir do jiló da Tia Célia, a Baiana da Feirinha de Iguaba Grande, Região dos Lagos no RJ.

O "Jiló ao Original" era servido com um copinho de cachaça Magnífica.

A propósito, o Original do Brás foi o grande vencedor da primeira edição do Comida di Buteco carioca, evento de sucesso em Minas Gerais, organizado pelo Eduardo Maya, que veio de Belo Horizonte especialmente para participar da Caravana.


No Zeca’s, fatias finas do jiló, cortadas na horizontal, são fritas em óleo muito quente e cobertas de alho dourado e salsinha.

Embora não tenha sido classificado entre os três primeiros, chamou a atenção o que definimos como “trio margoso”, um ensopado de jiló, maxixe e quiabo, do Bar do Costa. Tudo na textura e no tempero certos. Vale a pena provar.

















Parada no Original do Brás: (a partir da esquerda) Fernando, do Enchendo Lingüiça; Cadu, do Bracarense; Zé Carlos, do Original; Guilherme Studart e Eduardo Maya

2 comentários:

  1. Querido Carlinhos!
    Parabéns pelo novo blog e pela nova e bem sucedida empreitada que vai ser o Jiloeiro. Sem dúvida será um sucesso!
    tamo junto meu querido!
    Não se esqueça de me chamar pra fazer a resenha e colocar no "Carioca Boêmio".
    Forte abraço irmão!

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  2. AOS

    Srs. Carlos Casa Nova / Fábio Brandão



    Tomei conhecimento, através da coluna de Antonia Leite Barbosa dos restaurantes que vocês estão instalando. Gostaria de agendar uma visita para conversarmos sobre os equipamentos inox para Copa e Cozinha, já que somos fabricantes desses tipos de materiais - e temos uma imensa
    relação de clientes como referência, inclusive em Búzios.

    Peço acessar nosso site: www.brasquima.com.br



    Grato,



    Carlos Oliveira.
    BRASQUIMA COZINHAS INDUSTRIAIS

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