Primeiro, uma branca. Depois, uma amarela.
Para fechar, um licor da aguardente.
A bebida pode acompanhar vários pratos e, como os vinhos, tem carta e até copo certo.
Para fechar, um licor da aguardente.
A bebida pode acompanhar vários pratos e, como os vinhos, tem carta e até copo certo.
:: Foi-se o tempo em que lugar bacana servia cachaça apenas na caipirinha.
Considerada ótima para diversos tipos de pratos, de petiscos a receitas mais sofisticadas, em muitos restaurantes, a aguardente hoje pode ser escolhida a partir de uma carta, como já ocorria com os vinhos. O técnico sensorial de bebidas e alimentos Renato Frascino conta que já criou várias para casas do Rio e de São Paulo. Alguns locais têm até sommelier de cachaça. Leandro Batista da Silva, do Restaurante e Cachaçaria Mocotó, na Vila Medeiros, zona Norte de São Paulo, é um, mas prefere o título de mestre alambiqueiro. “É uma bebida nobre e fascinante”, diz ele.
A Cachaça Serra Limpa é produzida na cidade de Duas Estradas, Paraiba, engarrafada em vidro escuro com tampa de metal. Cor branca, 600 ml, teor 45% Vol.
A Cachaça Tabarôa é produzida na cidade de Prados Bichinho, Minas Gerais, onde é envelhecida em tonéis de Carvalho, e engarrafada em vidro escuro com tampa de rolha. Cor amarela, 600 ml, teor 46% Vol.
:: Basicamente, as cachaças são divididas em dois grupos: brancas e amarelas. As primeiras são ideais para abrir o apetite e devem ser tomadas geladas. As amarelas podem ser envelhecidas em diferentes madeiras, o que influencia seu sabor e suas características. As que passam por bálsamo, por exemplo, são mais leves do que as guardadas em carvalho. Leandro sugere uma sequência: “Comece com uma branca, siga comum a amarela envelhecida em umburana e termine com uma de carvalho. E deixe um espacinho para um licor de cachaça”.
Eu, Osvaldo Santiago (filho de Anísio Santiago),
Eilton Santiago (produtor da Canarinha, filho de Noé Santiago e sobrinho de Anísio Santiago) e ao fundo Anísio Santiago, in memoriam e atento.
Eilton Santiago (produtor da Canarinha, filho de Noé Santiago e sobrinho de Anísio Santiago) e ao fundo Anísio Santiago, in memoriam e atento.
Especialistas costumam separar cachaça e pinga. A primeira seria de alambique, sem aditivos químicos; a segunda, feita industrialmente. “Cachaça boa não machuca o nariz, pois o aroma do álcool é bem casado com os outros”, diz Renato Frascino. Mas um rótulo de qualidade não é barato. As diferentes linhas da orgânica Conceição, de Roseira (SP), variam entre R$ 28 e R$ 40. Tida como a rainha das cachaças, a Anisio Santiago, de Salinas (MG), chega a custar R$ 1.000.
Renato Frascino recomenda tomar cachaça em um copo de cristal com haste. Na falta dele, num cálice de vinho. “Assim é possível perceber os aromas sutis”, diz. Mas aprecie a bebida sempre com moderação, já que ela tem alta gradação alcoólica (entre 38% e 48%). Abaixo, um manual para curtir uma cachacinha.
Leia mais sobre o Restaurante e Cachaçaria Mocotó, Seu Almeida e o querido e competente Chef Rodrigo Oliveira, no post abaixo:
http://gastronomiadebotequim.blogspot.com/2010/01/seu-almeida-e-chef-rodrigo-oliveira-do.html
Leia mais sobre cachaça, minha coleção e minhas incursões eclesiásticas-etílicas a Salinas e norte de MG, no post abaixo:
http://gastronomiadebotequim.blogspot.com/2009/11/cachacas-de-alambique-produto-100.html
Meu amigo Tito, dono do Tonel & Pinga, sabiamente e sobriamente, eu acho, filosofou:
"A Vida é igual a Cachaça, se não aproveitar, evapora !"